sábado, 25 de julho de 2009

... e só mais uma história...

E ele me olhou, disse que eu era dele. Disse-me que naquele camarim, entre todas aquelas fantasias, que a gente seria um, faríamos um... “Ahhh! Magia!”.

E ele me levou e me pagou uma bebida. Sentamos para conversar, e seus olhos invadiram os meus. Eu que sempre tinha todas as respostas afiadas na ponta de uma língua mortal, me esqueci de quem eu era. Seus olhos negros, feito a vodka na minha consciência, me comandaram. E ele jurou... Ah! Ele jurou...

A noite passou e a gente “Ahhh! Magia”, as flores murcharam e o uísque acabou, a garrafa secou. Ele jogou no chão minha calça rasgada e saiu, foi embora. Fiquei sozinha como sempre fico... mas um sorriso, e não sei se feliz. Em passos desesperados ele voltou, me pediu em casamento... queimou o buquê de noiva; fui viajar, para sempre.

Meu amor de camarim nunca mais me viu, nunca mais me ouviu. Minha voz? Nunca mais foi dele. Meus gritos “Ahhh! Magia”, ele nunca mais sentiu... Só lhe deixei um bilhete, um recado, escrito num papel e colado na garrafa de scotch...

Meu bem, “Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese,
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca e
Você... nunca mais feliz”

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Me perdoe, Chico.

Dentro dele um coração folgado,
Que comove toda a arquibancada.
O palhaço é um charlatão,
Vai cantar uma canção.

Tem um jovem coração,
Dentro dele sai mais um palhaço.
Do palhaço da canção,
Com tanta agonia,
Da boca para fora.



(Dentro do meu coração de pano eu amo)

terça-feira, 21 de julho de 2009

Às 'The Cat Miau'.



A todos que já se cansaram de ouvir ‘eu não me dou bem com mulheres’, saibam que nessa viagem que fiz a Fortaleza, conheci duas novas amigas e conheci melhor uma ‘safada’ que eu já sabia o nome.



Às vezes a gente se depara com pessoas que nunca vimos, ou em quem nunca reparamos e com um gole de catuaba inicia-se uma intimidade que só pode transformar-se em amizade; mas não naquelas amizades que precisam de podas ‘línguísticas’, ou em morder a língua toda vez que o que queremos dizer é “deixa de ser estúpida... Enfia no cu, então.”



Só queria dizer Karol, Ana Créu, Sam e minha querida Marina que aquela (minha, nossa) Fortaleza não teria sido tão incrível como foi. Surreal até, se não estivéssemos juntas.



... e relembrar sempre todos os ‘B.O.s’, todos os vômitos, tombos, cantadas, piadas, ônibus, areia nos olhos, ondas, ‘tapas na cara’... Acordar com o sol batendo no rosto, paulistas cantando Raul num estilo reggae a noite toda. A Karol acordando estressada, Samantha e Marina enrolando pracaralho, piadas e poses da Ana Créu. E claro e não menos importante: TIO TÁCITO. –“Tácito, amorzinho, é com carinho”