terça-feira, 12 de maio de 2009

" Uma festa imodesta..."

Nem sempre a necessidade de, quem sabe, fazer as coisas da melhor forma, significa fazer a coisa certa. Não digo moralmente certa, mas certa para os fins, compreende? É muito fácil se 'apaixonar' pelo cara sarcástico-solitário e inteligentemente intimidador da tevê, quando as suas ações não implicam 'efetividade' moral na vida de ninguém.

Damos-nos de corpo e sonhos aos filmes e livros, às imagens e palavras, não porque somos cobrados a isto, mas porque nos faz bem. Não há cobrança, as coisas, apenas, estão ali: viva ou as deixe viver. Não se sacrifica nada em prol delas, nada há a que se possa, posterior ou anteriormente, cobrar. É apenas uma idealização. Não se cobra de um poema sinceridade, honestidade...amor. Não se cobra de um personagem que ele o ame, que ele o queira. Que abandone tudo para estar, ou com você, ou com a mocinha do romance, ainda que tenha gasto tempo precioso de outro estudo com ele. É o verdadeiro aceitar os riscos do ‘amar sob todas as coisas': o desejo da ingênua ignorância ante a nossa impotência de ser o que queremos.

sábado, 9 de maio de 2009

Sempre haverá...

Você já teve a chance de dar um brado silenciado, veja bem, não é um grito silencioso, mas a sua voz gritada sendo calada de qualquer forma que seja grosseira? Já esteve à beira de qualquer ladeira, e por entre os seus dedos seus sonhos caíram, e rolaram rumo a qualquer lugar que você jamais conseguiria resgatá-los? São dores ou fortalezas (depende de como quer ver o próprio fracasso).
Por falar no fracasso... Amigo de longa caminhada, longa jornada. Nos sentamos juntos por muitas vezes. Muitas vezes ele não percebeu que sua insistente companhia me drogava além do que eu podia suportar, mas fiquei sempre no muro: nem overdose nem desintoxicação. Sofri. Como sofri. Independentemente do nome dele 'Fracasso', dói quando o amigo te abandona, e você não sabe mais onde estão teus pés. Mas, às vezes, aquele querido amigo, ao sair de nossas vidas, nos mostra o quanto era impróprio tal relacionamento, o quanto nos cerceava (desculpem-me a palavra, mas Direito é um fracasso meu) de ter com outras companhias. Mas, inevitavelmente, alguém que te estendeu os braços nunca desaparece da sua vida.
O grande desgosto que tive com esta amizade (e que ainda tenho) é que eu não consigo superá-lo, compreende? Não posso e não quero fingir que estamos sempre querendo supererar todos e qualquer um que nos esteja por perto, dizemos, até, ser uma forma de gratidão, admiração. Mas, me disseram que “nossa relação com as pessoas consiste em discutir com elas e criticá-las”. Então, no mínimo, estamos representando bem nosso maldito e impuro papel: todos iguais. Mas, então, eu me questiono “como nos diferenciar para criticar? Teríamos o tal direito a opinar, a escolher?”. Talvez por isso as nossas escolhas estejam expostas em ‘fast food’. É só escolher o que é da maioria.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

'Por esse chão pra dormir..."

Não sei ainda se quero tantas coisas assim. Talvez eu só queira um castelo e um cavalo. Um lugar onde eu possa desvendar, mesmo que o mesmo mistério, sempre que eu me sentir vazia.
O infinito, desconhecido...alimentam toda a vontade que eu tenho de construir, desconhecer, saber, compreender, esquecer... Não peça licença, imaginação, eu preciso de você.