terça-feira, 12 de maio de 2009

" Uma festa imodesta..."

Nem sempre a necessidade de, quem sabe, fazer as coisas da melhor forma, significa fazer a coisa certa. Não digo moralmente certa, mas certa para os fins, compreende? É muito fácil se 'apaixonar' pelo cara sarcástico-solitário e inteligentemente intimidador da tevê, quando as suas ações não implicam 'efetividade' moral na vida de ninguém.

Damos-nos de corpo e sonhos aos filmes e livros, às imagens e palavras, não porque somos cobrados a isto, mas porque nos faz bem. Não há cobrança, as coisas, apenas, estão ali: viva ou as deixe viver. Não se sacrifica nada em prol delas, nada há a que se possa, posterior ou anteriormente, cobrar. É apenas uma idealização. Não se cobra de um poema sinceridade, honestidade...amor. Não se cobra de um personagem que ele o ame, que ele o queira. Que abandone tudo para estar, ou com você, ou com a mocinha do romance, ainda que tenha gasto tempo precioso de outro estudo com ele. É o verdadeiro aceitar os riscos do ‘amar sob todas as coisas': o desejo da ingênua ignorância ante a nossa impotência de ser o que queremos.

Um comentário:

  1. é exatamente assim que me sinto.
    meu livro, meus filmes prediletos, as músicas de que gosto; elas são um amor de aceitação incondicional. nunca me decepcionarei com elas.

    há quem ressalte e pergunte o que tenho contra as decepções, que elas são boas para a vida, nos fazem maiores. mas, eu já passei da fase de achar que precisamos ser crucificados e pregados numa cruz pra sentir na pele o gosto dos pecados que cometemos contra um "deus" que desconhecemos. além disso, a decepção acontece ao longo de toda a nossa vida.

    é só uma simples decisão de deixar de lado, ou se importar menos com o que é exterior. não pelo medo da decepção em si, mas pelo cansaço do sentimento de frustração que se vai quando escolhemos as coisas que caibam nos nossos sonhos para amar.

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