quarta-feira, 1 de abril de 2009

Ó! Ledo engano

Tanto faz a distância que estamos daquilo que não conquistaremos, afinal, todos já nascemos rendidos; não nos deixam ter com o acaso, já que nos estimulam, apenas, àquilo que nos dê ‘frutos’ a consumir por consumo.

Nos tornamos caçadores de qualquer caça. Tudo o que não podemos tocar, ou tudo o que não nos toca fisicamente... não há que dar valor. Entretanto, vender ‘alma’ e ‘essência’ nada têm de mais. Ora, afinal, se não tocamos, não sentimos arder na pele não existe. A crença –em qualquer que seja o objeto– por fé, simplesmente, é o pior dos defeitos. Então, não se arrisque, aterrorize-se ante as tantas outras existências inermes. Pois quem cedo se acovarda, cedo será aceito no ceio de nosso mais singular paradoxo: sociedade. Não temas, pecado é vender corpo e sexo; se vendes quem tu és... é para que desfrute do que não é necessário, mas fizeram imprescindível na vida: um ruído silencioso; o brado de um mudo.

Um comentário:

  1. Isso, não sei por qual motivo, me lembrou Closer: "tudo é uma versão de outra coisa". Somos fodões se temos poder e dinheiro, mas e daí se vc não tem nada e fez grandes mudanças, grandes descobertas e arte?

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