quarta-feira, 22 de abril de 2009

E o que nos resta, apenas nos falta.

Quem me dera, no tempo dos vivos, dizer a ti, meu amor, o quanto o amo.
Quisera eu, tantas vezes, sussurrar em teus ouvidos, o que há tanto eu gritara! Embebida na minha inocência, não percebi que o desejo desfilava em minhas falas, fazia caminho com o meu desejo. Estava eu, fantasiando uma fala, uma história.
O conhecimento tentado, inoportuno, extasiante, desbravador, prazeroso marca a angustia do desconhecido irreparável da inocência; caminho de sabedoria sem letras, sem memória, possível e existente do incógnito esquecimento: o batom vermelho mancha o lençol!

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