domingo, 25 de outubro de 2009

...e era de se aplaudir.

Sim, eu confesso, meu amor: eu tive medo de chorar. Não medo por você me ver chorando, mas por eu saber que choro. Por saber que em algum momento eu me desfiz, e alguém sentiu o gosto do sal... em mim.
Estava sempre no íntimo de tudo o que eu escondo as razões de meu refúgio. Guardei-me, me escondi, revelei a farsa; e num momento eu não soube quem mais ser, quem mais eu deveria ser. Quando estava entre eu e o espelho, já não sabia quem refletia quem. Alguém esgoelou em minha cabeça, quebrou o espelho... o casulo abriu e eu sai. Sai nova, nova criatura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário