domingo, 13 de setembro de 2009

...e numa noite.

Era um desejo egoísta de viver até esgotar todos os sentimentos que levam ao rosto alegria e uma certa dor de prazer. Desejava que toda a noite fosse incrivelmente usada e abusada, que pudesse sentir o que havia para se sentir em toda uma vida, em uma noite. Como se o amanhã não houvesse, e fosse necessário ser feliz hoje, agora e sem nada para nunca mais. Queria só que as pessoas soubessem guardar aquele momento como uma foto, e sem nunca tentar repetir aquele trago, aquela vodka que desordena o mundo, e dá caos a ordem (no clichê mais sincero, talvez, que eu conheça).

Tudo numa noite: e sem telefone (ou msn e orkut) para depois. Aliás, não havia depois. No depois éramos outros, éramos diferentes... não poderia ser igual, não deveria ser igual. Há coisas que não se devem clonar, fazer de novo, devem ser mantidas em segredos, em sentidos: no silêncio total. Aquela noite foi assim, e o telefone não tocou, nunca tocaria.

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