sábado, 27 de março de 2010

"seja no que despertou..."

Cá estou, perdida no tempo. Tempo certo, o melhor da vida, dizem. A hora exata para eu poder Ser, para eu me fazer... Refazer-se?! Não há tempo, dizem.

Ele disse que não existe sem ela (ou ele), eu sim. Não me vejo mais, não sei de qual delas (de mim) escreve agora. Será a que tu amas, ou será a que tu odeias?! Dói, corrói teu peito saber que eu posso sair, naquele dia em que me preparou uma surpresa, e não voltar jamais. Nunca mais. Nunca. Nunca. De tanto ardor, nunca mais existir. Acabar para existir. Acho que alguém cantou algo assim. Deixar de ser para se tornar. Tornar algo para nunca mais ter de ser nada.

Nada! Sempre o nada. Ser nada. Fazer nada. Prometer nada. Ter nada... Tudo. Todo..o nada. Disseram que só uma existência pode ser completa e ter fim e começo e meio em si mesma, o Nada. O nada em si é a única forma de ser total. À procura de ser completo é a busca por nada, nada ser.

Um comentário:

  1. o nada atrai pela falta de compromisso.se é pra começar e terminar no nada, não há o que esperar. seja o que vier. seja o que for. e se tivessemos o poder de tornar em nada certas coisas que vivemos, que ouvimos, que dissemos?

    ResponderExcluir